domingo, 28 de junho de 2009

City Tour com o Ligeirinho Paiaguás

Assim que assumiu o governo, em 2003, Blairo Maggi criou o chamado “Ligeirinho Paiaguás”, um microônibus com rota entre as secretarias dispostas no chamado CPA Palácio.

Curiosamente, esse governador sulista ficou mais sensibilizado com os visitantes que procuravam uma repartição pública que os governadores nativos, sabedores do sol de arrebentar mamona de Cuiabá.

Pessoalmente não me era agradável procurar uma repartição em Cuiabá, primeiro que meu veículo era um par de botinas, e, segundo que desconhecia as várias repartições públicas no CPA. Cuiabá até pode ser uma Capital pequenininha, mas para um matuto sem recursos que lavrava a terra de outros isso aqui era uma enormidade de lonjura e havia dificulidade de encontrar as coisas do Governo.

Acho que por conta disso, o governador Blairo prestou atenção aquelas velhinhas que desciam no ponto de ônibus em frente ao atual shopping Pantanal e andavam até encontrar o IPEMAT, onde atualmente é a Imprensa Oficial, em frente ao INCRA.

Imagino as velhinhas cuiabanas com sombrinhas empunhadas sendo saudadas pelo governador Dante de Oliveira, que abria o vidro do seu carro e conversava com uma, com outra, reconhecendo os seus parentescos, as suas ruas.

O Dante como bom cuiabano conhecia bem o seu povo, tendo mesmo fundado alguns bairros. O que significa a paternidade de várias invasões ou grilos. Porém, ao ser re-eleito em 1998 se afastou muito das pessoas que o amavam e se concentrou apenas nos ricos.

Voltando as velhinhas... Duvido muito que o retraído Blairo Maggi tenha descido o vidro do seu carro para cumprimentá-las – apenas o Dante fazia esse gesto com efusão, e calor que dava gosto. O que o Blairo fez pelas velhinhas, pelos visitantes ou mesmo servidores públicos?

Assim que assumiu o governo, em 2003, Blairo Maggi criou o chamado “Ligeirinho Paiaguás”, um microônibus com rota entre as secretarias dispostas no chamado CPA Palácio.

Além do miolo administrativo, no CPA Palácio, há outras repartições, mais afastadas do Palácio do governo, como o DETRAN e o Fórum, daí que em 2008 ampliou a linha, colocando dois microônibus com capacidade para 24 lugares cada para atendê-los. O primeiro coletivo é do estado e o segundo pertence a empresa responsável pelos dois, a SAL Comércio e Serviços de Locação e Serviços Gráficos Ltda.

A SAL (Salomão, Alexsandro e Leonardo) é praticamente uma empresa familiar cuja mãe é ex-bancária do BEMAT (extinto pelo governo Dante por imposição do Planalto e também para varrer a sujeira dos ricos cuiabanos para debaixo do tapete).

Para manter o contrato o governo desembolsará R$320mil de 2008 até 2010, ou R$6,5mil mensais para que as velhinhas cheguem confortavelmente a sua repartição e os matutos não cheguem ao balcão suando feito um cavalo após zanzar por um lado e outro sem saber exatamente em qual dos dez edifícios - sede está àquela repartição que procura desde o Interior.

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