Celso Mendes Quintella, candidato do PMDB a prefeitura de Várzea Grande foi derrotado pelo candidato do PDS Jaime Veríssimo de Campos em 1982. Porém, se dizia que o pleito não fora justo, e que havia a conversa de que pelo menos 150 mil eleitores inaptos ao voto em Mato Grosso e que 50 mil votaram, derrotando-o à prefeitura, e ao candidato ao governo, padre Raimundo Pombo, de modo que, Quintella teria reunido provas e testemunhas para impugnar os votos.
Na noite de sexta-feira de 26/11/1982 recebeu a informação de que alguém teria mais provas das fraudes na Alameda Júlio Muller. Colocou um dos suspeitos de falsificar títulos eleitorais, Timóteo Ponce Gonçalves, na sua caminhonete e seguiu para o encontro onde foi cercado por três carros, houve discussão, pancadas e um tiro o acertou na cabeça. No dia seguinte revelaria o que tinha descoberto e no domingo os cuiabanos saberiam de toda a fraude através dos jornais.
Apesar do esforço em coletar documentos e testemunhos citando entre outras fraudes, urnas lacradas no dia da votação, eleitores impedidos de votar, eleitores com quinze anos de idade, eleitores votando dez vezes pelas cidades próximas a Cuiabá, o juiz eleitoral José Ferreira Leite e o desembargador Onésimo Nunes Rocha consideraram tudo algo inconsistente e acabaram empossando os candidatos de 1982.
Em 1986, Laury San Martin da Paixão, o "Peninha", e Moacir Roberto Tenuta França, ex-policiais que faziam a segurança do prefeito Jaime Veríssimo de Campos, presos devido ao envolvimento no “caso da toalha azul” e no “esquadrão da morte de Mato Grosso”, denunciaram o cunhado do prefeito Jorge Antônio Pires de Miranda de tê-los procurado a mando do governador Júlio José de Campos para executar Celso Mendes Quintella.
A execução custaria um valor em dinheiro e um fusca ao pistoleiro. O policial Peninha disse que se demorou para tratar dessa execução e Jorge Pires pediu para esquecer tudo. Com a denúncia, ainda que apresentada por um presidiário contra um governador, o TJ designou o juiz Simão Aureliano de Barros Filho para apurar o caso, mas nada encontrou além do falatório, ou da política. Com o tempo, ou com mais uma ou duas eleições, o aspecto político da morte de Celso Quintella sumiu, e todo o clamor popular.
Quase 20 anos após o crime houve o julgamento de um dos três acusados. O crime não seria prescrito porque várias ações detiveram essa contagem. Assim, em 2001, Daniel Germano Gonçalves sentou por 14 horas no banco dos réus. Deveriam estar juntos também Mário César Machado e João da Silva Filho, o "João Viola", mas eles estavam foragidos da Justiça.
Defendendo Daniel Gonçalves estava o defensor público André Luiz Prieto que conseguiu a absolvição ao apresentar várias dúvidas aos jurados. A vítima tivera traumatismo craniano devido a um balaço e a pancadas na cabeça.
Daniel Gonçalves admitiu que bateu duas vezes na cabeça da vítima com uma chave de roda de carro porque ele estava ameaçando seu irmão Timóteo Gonçalves com um revólver e, enquanto os três lutavam apareceu Mário César Machado, amigo de Quintella, que, por acidente, atirou na sua cabeça. O laudo não apontava qual das duas ações tinha levado à morte, então o acusado foi liberado por 6x1.
Dias depois dessa absolvição de Daniel se apresentou à Justiça João da Silva Filho. Disse que viu a tocaia e correu para defender seu amigo, Celso Quintella, tendo chegado a sacar um revólver mas que não chegou a disparar porque a arma não funcionou.
Apesar da importância do julgamento, se notou a ausência dos ex-companheiros do PMDB de Quintella. Nenhum político, parentes ou amigos apareceram. O mesmo comportamento foi observado durante o velório do padre Raimundo Pombo, também vazio de ex-companheiros militantes de esquerda e, no meio de meia dúzia de pessoas, todos religiosos católicos, Júlio Campos velava o corpo do antigo adversário.
Em 2003, o promotor Theodósio Ferreira de Freitas após 12 horas de julgamento conseguiu condenar Daniel Germano Gonçalves a quatro anos de prisão por lesão seguida de morte, cumprida em regime semi-aberto. João da Silva Filho foi absolvido.
Atualmente o confuso “Caso Quintella” está esquecido, bem como as fraudes que levaram a derrota do Padre Pombo no histórico ano de 1982.
Apesar do esforço em coletar documentos e testemunhos citando entre outras fraudes, urnas lacradas no dia da votação, eleitores impedidos de votar, eleitores com quinze anos de idade, eleitores votando dez vezes pelas cidades próximas a Cuiabá, o juiz eleitoral José Ferreira Leite e o desembargador Onésimo Nunes Rocha consideraram tudo algo inconsistente e acabaram empossando os candidatos de 1982.
Em 1986, Laury San Martin da Paixão, o "Peninha", e Moacir Roberto Tenuta França, ex-policiais que faziam a segurança do prefeito Jaime Veríssimo de Campos, presos devido ao envolvimento no “caso da toalha azul” e no “esquadrão da morte de Mato Grosso”, denunciaram o cunhado do prefeito Jorge Antônio Pires de Miranda de tê-los procurado a mando do governador Júlio José de Campos para executar Celso Mendes Quintella.
A execução custaria um valor em dinheiro e um fusca ao pistoleiro. O policial Peninha disse que se demorou para tratar dessa execução e Jorge Pires pediu para esquecer tudo. Com a denúncia, ainda que apresentada por um presidiário contra um governador, o TJ designou o juiz Simão Aureliano de Barros Filho para apurar o caso, mas nada encontrou além do falatório, ou da política. Com o tempo, ou com mais uma ou duas eleições, o aspecto político da morte de Celso Quintella sumiu, e todo o clamor popular.
Quase 20 anos após o crime houve o julgamento de um dos três acusados. O crime não seria prescrito porque várias ações detiveram essa contagem. Assim, em 2001, Daniel Germano Gonçalves sentou por 14 horas no banco dos réus. Deveriam estar juntos também Mário César Machado e João da Silva Filho, o "João Viola", mas eles estavam foragidos da Justiça.
Defendendo Daniel Gonçalves estava o defensor público André Luiz Prieto que conseguiu a absolvição ao apresentar várias dúvidas aos jurados. A vítima tivera traumatismo craniano devido a um balaço e a pancadas na cabeça.
Daniel Gonçalves admitiu que bateu duas vezes na cabeça da vítima com uma chave de roda de carro porque ele estava ameaçando seu irmão Timóteo Gonçalves com um revólver e, enquanto os três lutavam apareceu Mário César Machado, amigo de Quintella, que, por acidente, atirou na sua cabeça. O laudo não apontava qual das duas ações tinha levado à morte, então o acusado foi liberado por 6x1.
Dias depois dessa absolvição de Daniel se apresentou à Justiça João da Silva Filho. Disse que viu a tocaia e correu para defender seu amigo, Celso Quintella, tendo chegado a sacar um revólver mas que não chegou a disparar porque a arma não funcionou.
Apesar da importância do julgamento, se notou a ausência dos ex-companheiros do PMDB de Quintella. Nenhum político, parentes ou amigos apareceram. O mesmo comportamento foi observado durante o velório do padre Raimundo Pombo, também vazio de ex-companheiros militantes de esquerda e, no meio de meia dúzia de pessoas, todos religiosos católicos, Júlio Campos velava o corpo do antigo adversário.
Em 2003, o promotor Theodósio Ferreira de Freitas após 12 horas de julgamento conseguiu condenar Daniel Germano Gonçalves a quatro anos de prisão por lesão seguida de morte, cumprida em regime semi-aberto. João da Silva Filho foi absolvido.
Atualmente o confuso “Caso Quintella” está esquecido, bem como as fraudes que levaram a derrota do Padre Pombo no histórico ano de 1982.
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