Jaeder Batista de Carvalho é um sujeito obstinado e incompreendido pelo destino. Tomou dinheiro emprestado do Banco do Brasil para tocar a Fazenda Boa Sorte, em Pontes e Lacerda e, foi acusado pelo banco de desvios do crédito em 1994. A esse existem outros rolos que se avolumam desde então na justiça federal e estadual. Talvez para espantar a má sorte tenha feito outro financiamento e comprado em 2009 uma Ferrari F360 Spider.
A Ferrari custou R$720mil, de segunda mão, ano 2004. Mas é uma Ferrari. E, depois, teve entre seu feliz ex-dono Natalino Bertin, o Júnior, o dono da loja de carros de alto luxo Platinuss, no Jardins, e também sócio-familiar do poderoso Grupo Bertin, de várias fazendas e bois Brasil e mundo afora.
Assim que recebeu sua máquina, Jaeder a abasteceu num dos seus dois postos de gasolina e esperou a noite chegar para um rolezinho básico, que antigamente era footing, ou à pé, e acontecia na praça Alencastro, em frente a prefeitura, em círculos, com a moças girando num sentido e os rapazes em outro. Os ricos, é claro, os pobres ficavam ao longe observando, na chamada “pipoca”.
O rolê atual está motorizado e acontece na avenida Getúlio Vargas. Certamente que o não tão jovem Jaeder estava ansioso para mostrar sua Ferrari para a rapaziada ou moçada. E, a Farrari do Jaeder chamou a atenção e chegou a parar o trânsito, literalmente. A Ferrari deu pau. Alguns até pensaram que o problema não era o carro e sim a gasolina porque ferraris não quebram e a gasolina de Cuiabá tem fama de ser péssima devido a máfia dos combustíveis.
Frustrado, devolveu o carro à loja porque estava na garantia. Mas, cobraram R$8mil pelas peças. Soube-se depois que nenhuma peça foi trocada, nem notas fiscais havia. De volta à Cuiabá, apresentou problemas. Foi devolvida e entregue novamente. Agora sim, tudo parecia tranqüilo.
Escaldado pelo vexame na Getúlio Vargas, a Ferrari foi rodar noutro point da elite cuiabana, a tradicional Praça Popular. A Ferrari deu pau na Praça Popular. Precisou ser rebocada. Se Jaeder Carvalho estava com a imagem de empresário bem-sucedido arranhada, arranharam-se mais uma vez.
De volta à São Paulo a super-máquina foi consertada novamente pela Platinuss. Dizem que numa oficina “cabeça de porco” e com peças genéricas. Mas isso não foi confirmado. Devolvido ao seu ex-feliz dono, o carro deixou de ter vida noturna, circulava apenas de dia e nos lugares menos badalados. Porém, pela terceira vez, e tendo ficado mais de 100 dias na oficina paulistana, a Ferrari deu pau. Agora no trevo do Santa Rosa, numa região em que moram os ricaços e numa das principais vias de Cuiabá.
Desgostoso, o dono encaminhou seu carrinho para outra loja que refez o trabalho e, acabaram-se os problemas mecânicos. Entretanto, descobriu-se que em 2007 a Ferrari, na época avaliada em R$900mil, havia sofrido um grave acidente entre Bauru e Lins após fazer uma curva colidiu com os pneus de um ônibus fretado por evangélicos. O motorista nunca foi identificado, mas o carro seguiu para uma oficina em Lins que fez o serviço de funilaria razoável mas que comprometeu o alinhamento da sua estrutura o que não veda a água da chuva nas partes elétricas. De lá, a Ferrari F360 seguiu para São Paulo e rodou de mão em mão até parar em Cuiabá.
Resta ao atual dono desta Ferrari voltar novamente à Justiça.
5 comentários:
metira tudo isso saiu de um texto escrito pelo proprio dono do carro
Sandro de Martino
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Coitado desse Jaeder....sacanagem vender um carro tão caro danificado desse jeito! Tomara haja reembolso!!!
todo castigo pra malandro é pouco
Esse Jaeder deve ser muito importante, pois incomoda muita gente....
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