Morador de Cuiabá desde guri o prefeito Wilson Santos conhece bem o bairrismo dos nativos que se defendem atualmente dentro do conceito “cuiabania”, basicamente uma bandeira das famílias mais velhas e empobrecidas que se aferram aos recém-descobertos hábitos de comer peixe, tocar viola-de-cocho e dançar cururu e siriri como algo dos que amam a terra, apesar dessa “tradição” fazer parte da vida desde sempre dos cuiabanos mais pobres.
Por esse motivo o prefeito, habilidoso professor de História, gosta de evocar imagens dos “antigos costumes” da cuiabania como, por exemplo, o uso dos vestidos de chita pelas moças cuiabanas, dentre as quais, se casou com uma delas, de tradicional família descendentes de turcos, ou libaneses, mascates outrora enriquecidos que se se estabilizaram na classe média.
Em 2009 o prefeito decidiu que iria regionalizar os símbolos natalinos ao mesmo tempo em que gastaria pouco recurso público e fomentaria a educação ambiental. Em termos práticas, os enfeites foram confeccionados com garrafas pet e tecidos de chita e distribuídos em 16 pontos de Cuiabá. Apenas isso porque o objetivo é caracterizar a simplicidade do povo cuiabano. Com a ajuda dos alunos da rede municipal foram recolhidas 70 mil garrafas, da qual se usou 35mil e gastou R$300mil em todo o projeto.
Segundo alguns paus-rodados, o prefeito “vestiu Cuiabá de chita e foi para as praias do nordeste porque a cidade está feia prá burro”. De fato, o Final de Ano de Cuiabá costumava ser mais bonito e animado, tanto que ainda no mês de novembro valia a pena colocar a gurizada no carro e sair a noite para ver as luzes dos enfeites natalinos. Entretanto, o prefeito não abandonou a cidade no Final de Ano, como vem fazendo desde que assumiu a prefeitura, porque o costume dos cuiabanos ricos é este mesmo, nunca passar o Final de Ano na Capital de Mato Grosso.
Fotos: Prefeitura (Praça Alencastro, em frente ao prédio da Prefeitura)
Apesar dos enfeites natalinos estarem com jeitão de Festa Junina devido ao tecido de chita e considerar as garrafas pet como cocô da Coca-Cola e achar que mobilizar estudantes para recolher esse material como parte de “consciência ambiental”, ser bem mais um estímulo ao consumismo que leva a uma deseducação ambiental quem sou eu para criticar o projeto da prefeitura, que, possui uma equipe de profissionais fora-de-série no IPDU, comandados pela primeira dama Adriana Bussiki.
Mesmo achando a decoração natalina chinfrim, ou coisa à toa, pensei que valeria a pena rodar pelas avenidas da cidade para ver as chamadas luzes natalinas. Mas não valeu. Acho que 2009 foi o ano em que o prefeito Wilson Santos não administrou Cuiabá. Os jornais traziam todos os meses casos de corrupção que acabaram levando o prefeito a ser mera figura decorativa enquanto Cuiabá era tocada pelo Exército, Maçonaria, Justiça Federal, Tribunal de Justiça de Mato Grosso e pelo vice-prefeito Chico Galindo, o “único do seu staff que cumpre a palavra”.
Agora, mesmo tirando a influência do prefeito Wilson Santos no clima natalino cuiabano parece que 2009 teve um Final de Ano mais retraído que os demais tavlvez devido ao presidente Lula e ao seu “IPI Reduzido”, por exemplo, nas reuniões familiares vi toda a parentada com carro de luxo zerado e conversas de terem equipados suas casas com eletrodomésticos, porém, a criançadinha estava pouco satisfeita porque ganharam poucos ou nenhum presente de Natal.
Um comentário:
Concordo que a decoração está horrorosa, isso não tem nada ha ver com os cuiabanos e cuiabanas.
Bairrista? São os gaúchos que desfilam com a cuia e chimarrão por todos os lugares.......
Se os cuiabanos fossem bairristas não teriam acolhido tantos paus rodados....................
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