quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Os bons cuiabanos: De Vitto.

Geraldo Aparecido De Vitto Júnior, o De Vitto, ou “Deusvitto” dado a empáfia e arrogância gauchesca de ser um dos “homens de ouro da turma da botina” assumiu o cargo de secretário da administração estadual aos 33 anos. Alguns disseram ser gaúcho, mas é claro que não é, o nome “Geraldo Aparecido” é muito bonitinho para um polaco analfabeto. Geraldinho é um paulistinha, filho da dona Maria e do seu Geraldo, que veio ganhar a vida em Rondonópolis.

Dizem que era professor de Direito da universitária gente boa Terezinha de Souza Maggi e colega do impecável Marcos Henrique Machado. Um dia Terezinha Maggi virou secretária de estado e Marcos Machado também, e, indicaram De Vitto. Até então o compenetrado professor era desconhecido nos corredores do Palácio Paiaguás.

A primeira notícia que correu na rádio-peão foi a de que incluiu um assessor num curso de especialização na Escola de Governo, mesmo reprovado na seleção. Mandou e pronto! A última notícia sobre De Vitto, o Júnior, foi sua demissão devido ao envolvimento no “escândalo dos maquinários” – grossa cagada feita justamente na saída do governo Maggi.

Aparentemente a secretaria da administração estadual é uma pasta discreta devido ao orçamento e modesto campo de atuação porque sua principal função é gerenciar a folha de pagamento dos servidores de Mato Grosso. A principal dor-de-cabeça sempre foram os sindicatos, mas a aliança de Maggi com Lula pacificou-os todos. Pode-se dizer que De Vitto manteve bom controle sobre os servidores. O problema foram as sucessivas suspeitas com contratos de fornecimento, talvez devido a falta de tato do jovem secretário.

Dois textos chamam a atenção sobre De Vitto.

Adriana Vandoni escreveu em 2007 um artigo chamado “Deusvitto” por conta de um comentário a pergunta do porque admitiu 7 mil servidores por contrato e apenas 500 por concurso público? O sinhozinho de olhinhos azuis respondeu simplesmente que “houveram (sic) reposição de peças que haviam sido perdidas por aposentadorias”.

Johnny Marcus escreveu uma reportagem em 2008 chamada “Operação entre SAD e Bancos é alvo de denúncia”.

O caso dos bancos era simples e visava organizar uma grande bagunça no estado, mas em se tratando da fama de coiceador do “Deusvitto” formou outra dor-de-cabeça. De Vitto retirou a frágil administração da margem consignável da Folha de Pagamento do Estado de Mato Gross da SAD, sua secretaria, e a repassou à empresa Consignum e, ao mesmo tempo, reduziu os bancos aptos a emprestar de 34 para 05 ou 06.

Tudo após procedimento público, é claro (igual a compra dos maquinários ( ó, cala-te boca ).

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