sábado, 11 de agosto de 2012

Os bons cuiabanos: Luiz Soares

Luiz Antônio Vitório Soares é um candidato a vereador cuiabano pelo DEM nas eleições de 2012. Dentre todos os cartazes dos candidatos espalhados pelos canteiros principais das avenidas da Capital, o de Luiz Antônio é o mais chamativo simplesmente pela má qualidade da foto, mera ampliação de outra, destacando um envelhecimento precoce e, principalmente pelo olhar ensimesmado, ao longe, como se puxasse pela memória um tempo perdido, ou pensasse na morte da bezerra. 

Mas Luiz Antônio não é um candidato qualquer e sim um dos políticos mais importantes de Mato Grosso. Para alguns metidos a íntimo, é o “Luiz Cabeção”, mas para todos os demais apenas o grande Luiz Soares, filho de outro político relevante, chamado Oscar Soares. 

Aos vinte e poucos anos se elegeu deputado estadual pelo MDB, e mais duas vezes pelo PMDB. Acabou fundando o PSDB e indo ao sacrifício na disputa ao governo em 1990, quando perdeu para o candidato do PFL, atual DEM. O que poderia ser espantoso, como alguém do MDB, ex-MR-8, estar militando com os “irmãos Campos”, do DEM, ex-Arena, é explicado pela tendência histórica das composições por amizade, e não por princípios ideológicos em Cuiabá. 

Por exemplo, Luiz Soares saiu do PSDB, mero caco do que fora com Dante de Oliveira, devido a briga com o atual “dono”, ou nome forte do partido, Guilherme Maluf, e parou no DEM porque seu amigo, Roberto França lá estava, e este, anteriormente também saiu do PSDB por ter brigado com o antigo “dono”, Dante de Oliveira, porque este, ao invés de apoiar a sua certeira reeleição a prefeito preferiu bancar o nome de um amigo de infância. Dizem que a briga Dante de Oliveira e Roberto França foi o início da derrocada do PSDB em MT.

Enfim, o que resta é recomeçar. Ainda que melancolicamente, e descontextualizadamente, posto que o que chama a atenção no “santinho” de Luiz Soares é o olhar perdido à la Che, na foto mais reproduzida do mundo e que nas palavras do fotográfo Alberto Korda “Guevara demonstrava imobilidade absoluta, raiva e dor” e quiçá “firmeza de caráter, estoicismo e determinação”. Curiosamente, Luiz Soares, ex-MR-8, inspirado em Che Guevara, deixou de sorrir à la Senhor Burns, como José Serra, e posa para fotos com jornalistas como Che.  

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